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grupo 8

Page history last edited by PBworks 16 years, 6 months ago

grupo 8 ! Contação de histórias...

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"Você é o contador de histórias de sua própria vida, e poderá ou não criar sua própria lenda." Isabel Allende

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"As histórias possibilitam que as crianças entrem em contato com outros universos e, assim, conheçam melhor os outros e a si próprias".

Regina Scarpa

 

Andreia dos Santos,Luciana T.Fritz Carmo,Paula Cristina.

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"...os contos são verdadeiras obras de arte. São uma grande arte que pertence ao patrimônio cultural de toda a humanidade e representam a visão do mundo, as relações entre o homem e a natureza sob as formas estéticas mais acabadas; aquelas que provocam precisamente o maravilhoso." Jean-Marie Gillig.

 

A literatura Infantil surgiu, na história da humanidade, quando apareceu o conceito de infância. Essas histórias tinham como objetivo servirem de meio de controle e desenvolvimento intelectual e das emoções da criança.

O problema da transmissão da ideologia dominante, através da literatura infantil, é grave e importante, quando se pensa na faixa etária que ela atinge e sua postura receptora.

Precisamos nos munir de uma visão crítica e reflexiva ao indicarmos livros infantis aos nossos alunos.

Na pré- história a leitura era oral e coletiva podia ver um suporte crítico, mas somente alguns tinham acesso a ele.

Foi com a invenção da impressora e a Revolução Industrial, quando se produziu papel em maior quantidade, que a leitura deixou de ser coletiva e oral e passou a ser silenciosa e individual.

Assim, para entender a literatura infantil e a tecnologia atual, precisamos superar a visão do livro como solto no espaço e no tempo, para vê-lo como indissociável da sociedade e da história.

O ambiente é essencial para despertar na criança o gosto pela leitura".

 

Certezas próvisórias:

-Leia e conheça a história que você vai contar. Ter curiosidade é essencial.

- Enquanto conta, procure ir vivendo a história, deixe-se guiar por ela.

- Conte para si mesmo. Não o faça por obrigação, esqueça a culpa.

- Observe a reação da platéia.

- Aproveite objetos inusitados e divertidos da casa, como panos e lenços, para dar mais possibilidades à história.

-Passe segurança.

-Conte a história com suas palavras.Deixe a sua imaginação funcionar!

-Se der branco continue.Improvise!

-Mantebha suspense,o mistério.

-Seja sincero,animado e mais importante seja você mesmo.

-Conte uma história de forma que seja a mais interresante do mundo.

-Deixe os ouvintes envolverem-se com os personagens.

-Detalhe cada local,personagens e fatos.

-Estude muito bem a história.

-Planejar antes de contá-la.

-Evitar ênfase em detalhes simples.

-Contar com naturalidade . -Mostrar entusiasmo ao contá-la. -Evitar o uso de muitos “e” “ou” “então” -Encarar seus ouvintes. - Não interromper.

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"Como recurso psicopedagógico a história abre espaço para a alegria e o prazer de ler, compreender, interpretar a si próprio e à realidade".

 

 

 

Dúvidas imediatas:

Quais os melhores métodos para se contar uma história?

Como ter atenção das crinças?

Como ser um bom contador de hitórias?

como passar segurança ao contar uma história?

Sou tímido o que vou fazer para conseguir contar uma história?

Porque contar histórias para as crinças?

qual a diferença entre ler e contar uma história?

Como selecionar hsitórias para contar?

Como se aprende a contar hsitórias?

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"A imaginação é mais importante que o conhecimento."

ALBERT EINSTEIN

 

 

A CRIANÇA E O LIVRO

 

 

 

"O livro é aquele brinquedo, por incrível que pareça que, entre um mistério e um segredo põe idéias na cabeça".

MARIA DINORAH

 

 

Tudo o que acontece ao nosso redor, desde a nossa primeira infância, fica registrado em nosso inconsciente. Isto significa que tudo aquilo que vemos, ouvimos e sentimos influi no nosso desenvolvimento e amadurecimento.

Aplicando esta verdade fundamental – que a psicologia ensina – ao nosso assunto, arriscamos afirmar que felizes são aquelas crianças que, desde os primeiros dias de sua vida, experimentam a presença de livros ao seu redor.

Na concepção de Abramovich (2003), o significado de escutar histórias é tão amplo... É uma possibilidade de descobrir o mundo imenso dos conflitos, das dificuldades, dos impasses, das soluções, que todos atravessamos e vivemos, de um jeito ou de outro, através dos problemas que vão sendo defrontados, enfrentados (ou não), resolvidos (ou não) pelos personagens de cada história (cada um a seu modo...) E assim esclarecer melhor os nossos ou encontrar um caminho possível para a resolução deles... É ouvindo histórias que se pode sentir (também) emoções importantes como: a tristeza, a raiva, a irritação, o medo, a alegria, o pavor, a impotência, a insegurança e tantas outras mais, e viver profundamente isso tudo que as narrativas provocam e suscitam em quem as ouve ou as lê, com toda a amplitude, significância e verdade que cada uma delas faz (ou não) brotar...

Decorre da leitura também a postura crítico-reflexiva que é extremamente relevante na formação cognitiva das crianças, partindo primeiramente do professor, para em seguida, despertar as potencialidade reflexivas dos seus alunos. Segundo Zilberman (1985, p. 25) "[...] é a partir daí que se pode falar do leitor crítico". Assim, a criticidade estará presente nas aulas de literatura, sem que se perca o encanto e o brilho dos contos de fadas e de fábulas.

Neste mesmo sentido, Abramovich (2003) entende que "ouvir e ler histórias é também desenvolver todo o potencial crítico da criança. É poder pensar, duvidar, se perguntar, questionar... É se sentir inquieto, cutucado, querendo saber mais e melhor ou percebendo que se pode mudar de idéia... É ter vontade de reler ou deixar de lado de uma vez...".

O caminho para a leitura começa na infância quando as crianças passam a gostar de palavras e de ouvir histórias, além de animarem-se ao contar momentos de sua vida para pessoas próximas, afirma Dixxon (2003).

Mesmo não entendendo nada, a criança percebe se os livros existentes na casa têm ou não têm valor para os membros da família.

Conforme esclarece Abramovich (2003): O primeiro contato da criança com um texto é feito, em geral, oralmente. É pela voz da mãe e do pai, contando contos de fada, trechos da Bíblia, histórias inventadas tendo a gente como personagem, narrativas de quando eles eram crianças e tanta, tanta coisa mais... Contadas durante o dia, numa tarde de chuva ou à noite, antes de dormir, preparando para o sono gostoso e reparador, embalado por uma voz amada... É poder rir, sorrir, gargalhar com as situações vividas pelos personagens, com a idéia do conto ou com o jeito de escrever de um autor e, então, poder ser um pouco cúmplice desse momento de humor, de gozação.

Há relatos de poetas e escritores que descobriram no decorrer de sua vida que seu amor à literatura e, mesmo, muitas de suas poesias e de seus contos tiveram o seu nascedouro já na sua primeira infância.

Da mesma forma, outras pessoas descobriram a origem de sua aversão a toda e qualquer forma de literatura também na infância.

Partindo deste pressuposto, quanto mais cedo a criança tiver contatos com livros e perceber o prazer que a leitura produz, maior é a probabilidade de nela nascer de maneira espontânea, o amor aos livros.

Desde muito cedo, a criança gosta de ouvir a história de sua vida, a mais importante para ela.

Da reunião de histórias do passado, a criança constrói o quadro dela mesma no presente.

A literatura é importante para o desenvolvimento da criatividade e do emocional infantil. Quando as crianças ouvem histórias, passam a visualizar de forma mais clara sentimentos que têm em relação ao mundo. As histórias trabalham problemas existenciais típicos da infância como medos, sentimentos de inveja, de carinho, curiosidade, dor, perda, além de ensinar infinitos assuntos (CARUSO, 2003).

É através de uma história que se pode descobrir outros lugares, outros tempos, outros jeitos de agir e de ser, outras regras, outra ética, outra ótica... É ficar sabendo história, geografia, filosofia, direito, política, sociologia, antropologia, etc... sem precisar saber o nome disso tudo e muito menos achar que tem cara de aula... Porque, se tiver, deixa de ser literatura, deixa de ser prazer, e passa a ser didática, que é um outro departamento (não tão preocupado em abrir todas as comportas da compreensão do mundo) (ABRAMOVICH, 2003).

Da mesma forma, as histórias inventadas são importantes. A criança precisa saber de coisas que não fazem parte de sua experiência cotidiana. É comum ela ter um amigo imaginário ou atribuir qualidades humanas e sobrenaturais a um brinquedo ou a um animal. As conversas e as histórias desses personagens, unindo o real e o imaginário, dão aos pais muitas dicas sobre seus filhos, pois é nessas horas que a criança deixa transparecer sentimentos como medo, a insegurança, o ódio, o amor.

Ler histórias para as crianças, sempre, sempre... É suscitar o imaginário, é ter a curiosidade respondida em relação a tantas perguntas, e encontrar muitas idéias para solucionar questões - como os personagens fizeram... - é estimular para desenhar, para musicar, para teatralizar, para brincar... Afinal, tudo pode nascer de um texto, é o que afirma Abramovich (2003).

A partir de histórias simples, a criança começa a reconhecer e interpretar sua experiência da vida real.

Citamos, por exemplo concreto: uma mãe ou um pai estão lendo um livro cativante quando a criança quer colo e aconchego. Eles tomam o bebê no colo e continuam as leituras, mas deixam a criança participar... usam suas mãozinhas para virar as páginas do livro. Após algum tempo, a criança adormece nos braços do leitor. Mas continua a sentir a emoção da leitura. Isso acontece muito mais do que imaginamos e toda vez que isso acontece está sendo lançada uma preciosa semente de amor aos livros.

É em momentos como este, quando ouve a voz do pai ou da mãe, que a criança os observa de uma outra maneira que não a usual. Como explica Caruso (2003), no dia-a-dia os pais estão mais centrados em outras coisas e automatizados em educar o tempo todo. Na hora das histórias, a fantasia toma conta e acaba fazendo com que os pais representem um outro papel, de quem também sabe brincar e participar daquele mundo de fantasia.

é fundamental que o livro venha sempre associado a momentos de prazer. Para os bebês o livrinho de plástico na hora do banho, com o qual ela pode bater na água e vê-la respingar, é muito prazeroso. Para crianças já um pouco maiores, nada é mais aconchegante que uma historinha bem contada, na hora de dormir.

Se os pais tivessem consciência da importância de contar uma história ao pé da cama para seus filhos pequenos, certamente teríamos uma adolescência menos traumatizada. As vozes do pai ou da mãe chegam aos ouvidos dos pequenos carregadas de afetividade.

Desta afetividade, que se expressa na voz, no olhar, no carinho e no aconchego, a criança precisa para minimizar os conflitos que a acompanham em seu crescimento.

Sublinhamos: a fantasia e a magia de uma história encantam e despertam as imaginações da criança e, com isso, criam condições favoráveis para o desenvolvimento duma mente criativa e inventiva.

Outrossim, como afirma Ramos (2003), a leitura oferece a possibilidade de se ver os dados do mundo com mais amplitude. Compreender a leitura de um texto é uma das tarefas mais significantes para a escola, professores e alunos, pois leva o indivíduo a conhecer a si e aos outros, preparando-se para sua formação humana.

Contar histórias é uma arte. Muitas pessoas têm um dom especial para esta tarefa. Mas isso não significa que pessoas sem esse dom excepcional não possam tornar-se bons contadores de histórias. Com algum treinamento e alguns recursos práticos qualquer pessoa é capaz de transmitir com segurança e entusiasmo o conteúdo de uma história para pequenos.

Repetimos: os recursos e os métodos que usamos para contar uma história têm seu valor, mas nada pode substituir a afetividade pessoal que acompanha a história. Citamos a experiência de um pai: a filha com 5 anos de idade fazia questão que o pai a levasse para a cama, a cobrisse e lhe contasse uma história. Em certa fase a menina pediu, durante semanas, a repetição da mesma história que ela escutava de olhos fechados e adormecia. Um dia o pai gravou a história, levou a menina para a cama, a cobriu, ligou o gravador e retirou-se. No dia seguinte perguntou: "Gostaste da história ontem à noite?"A menina respondeu: "Não foi bom, porque quem contou a história foi o gravador."

Isso significa que a história contada de viva voz é história humanizada. Em tempos de desumanidade, precisamos refletir sobre essa função da narrativa, projeta aos pequenos pela afetividade da voz e da presença do narrador.

A escritora francesa Jaqueline Held, em sua obra "O imaginário no poder" nos apresenta muitos exemplos do sofrimento e da angústia que a solidão, pela ausência dos pais, provoca em cada vez mais crianças. Pais superocupados correm o risco de ignorar as necessidades e as carências dos filhos. O mesmo problema acontece em famílias hipnotizadas por uma televisão, que não permite diálogo.

Para despertar o amor e o interesse duma criança por livros, é de suma importância que ela veja e sinta que o livro motiva diálogo, traz prazer e estimula a comunhão e a afetividade.

A presença de livros e o hábito de leitura na família parecem ser condições ambientais favoráveis como se a leitura fosse transmitida por contágio.

 

 

 

"A leitura é o meio mais importante para se chegar ao conhecimento. Não importa a quantidade que lemos, o que importa é com que profundidade chega-se a esse entendimento."

 

 

 

Como Contar Histórias

 

O processo de estímulo e incentivo para se contar uma história são inúmeros, mas sua eficácia depende de como o contador os utilizará. Não há "fórmulas mágicas" que substituam o entusiasmo do contador.

Quem aspira ser um bom contador de histórias, deve desenvolver alguns passos importantes em seus preparativos:

1) a história a ser contada e apresentada deve estar bem memorizada. Por isso, é imprescindível ler a história várias vezes e estar bem familiarizado com cada parágrafo do livro, para não perder "o fio da meada" e ficar procurando algum tópico durante a apresentação;

2) destacar e sublinhar os tópicos mais importantes, interessantes e significativos, para que na apresentação recebam a devida valorização;

3) procurar vivenciar a história. Envolver-se com ela, fazer parte dela e sentir a emoção dos personagens e ao apresenta-la atrair os ouvintes para a magia da história;

4) ao apresentar a história, falar com naturalidade e dar destaque aos tópicos mais importantes com gestos e variações de voz, de acordo com cada personagem e cada nova situação. No entanto, é preciso cuidar para não exagerar nos gestos ou nas entonações de voz;

5) oferecer espaço aos ouvintes que querem interferir na história e participar dela. Quem se sente tocado em seu imaginário sente necessidade de participar ativamente no desenrolar da história. O importante é que nessa hora não haja pressa, contando ou lendo tudo de uma só vez. É preciso respeitar as pausas, perguntas e comentários naturais que a história possa despertar, tanto em quem lê quanto em quem ouve. É o tempo dos porquês;

6) toda história e toda dramatização devem ser apresentadas com entusiasmo e paixão. Sempre devem transparecer a alegria e o prazer que elas provocam. Sem esses componentes, os ouvintes não são atingidos e logo perdem o interesse pelo que está sendo apresentado.

Segundo Abramovich (1993), "o ouvir histórias pode estimular o desenhar, o musicar, o sair, o ficar, o pensar, o teatrar, o imaginar, o brincar, o ver o livro, o escrever, o querer ouvir de novo. Afinal, tudo pode nascer dum texto!" A criança, ao ouvir histórias, vive todas essas emoções. Afinal, escutar histórias é o início, o ponto-chave para tornar-se um leitor, um inventor, um criador.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

http://www.icpg.com.br/artigos/rev02-02.pdf

ABRAMOVICH, Fanny.

 

Literatura infantil: gostosuras e bobices. São Paulo: Scipione, 1993.

Felizes são aqueles que têm sensibilidade para perceber que o futuro da humanidade depende da maneira como formamos e educamos as crianças que nos são confiadas.

 

 

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